setembro 08, 2009

Aconchego

Ela sentiu o vento soprar em seu rosto.
Ele sussurrou pequenos segredos em forma de doçura e então ela pôde ser conduzida por uma leveza inexplicável.
Tocou sua nuca e com o dedo indicador fez círculos em um punhado de fios de cabelo.
Foi abraçada em pensamentos.
Fechou os olhos e deixou-se levar.
Era como se estivesse lá e não estivesse.
Não sabia explicar.
Cruzou paredes, desceu escadas, apertou-lhe a mão.
Desejou ser mãe. Quis ser filha.
Notou que na tristeza dos acontecimentos tornava-se mais sensível...
Não que se ausentasse na alegria. Mas nos dias com menos cor, era reflexiva.
Emocionava-se com a criança que havia oferecido-lhe ajuda naquela tarde.
Foi fotografada para não ser esquecida, para ser uma lembrança. E ficou feliz.
Subiu na pedra e espiou o outro lado.
Saiu correndo para apanhar o trem.
Ligou para casa. Mas lá ninguém estava...
E seguiu.
Ela gosta do caminho que vem pela frente.
Gosta da vida e de todos o seus componentes.
Ele?
Ela acha que nem sequer existiu...
Na verdade não sabe.
Mas prometeu a si mesma a aprender a amar.

CX.
Há muito tempo atrás...


3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Que bonita a parte final!

setembro 11, 2009 8:46 da manhã  
Blogger Futada said...

muito tempo, quanto??

março 26, 2010 4:23 da tarde  
Anonymous Camilla said...

Isso não importa! Rs!...

julho 09, 2010 10:12 da manhã  

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